sábado, 27 de agosto de 2011

Simplicidade cristã

Não basta preocupar-nos em manter a simplicidade do ambiente
material da casa espírita sem cuidarmos dessa virtude por dentro de nós
mesmos.

Na reunião espírita onde reine a verdadeira simplicidade, seus
seguidores fiéis não são jamais selecionados para os cargos e tarefas dando
preferência a valores transitórios, tais como: riqueza material, títulos
acadêmicos, poderes políticos, cargos administrativos, autoridades
profissionais, intelectualidade brilhante. Predomina somente a alma, o
coração, o espírito, com seus valores pessoais, talentos adquiridos e
necessidades de aprendizado e aperfeiçoamento moral.

Os interesses da alma eterna estão sempre em primeiro lugar em
qualquer atividade doutrinária ou de caridade.

Diante do Senhor da Vinha, os trabalhadores do bem e os assistidos
são todos considerados irmãos, alunos, aprendizes, companheiros,
necessitados, cooperadores e trabalhadores.

A alma simples não ocupa o tempo precioso com as mediocridades
humanas: disputa injusta de se mostrar ser o maior e melhor, o jogo sombrio
de intrigas, a tortura silenciosa da inveja.

A simplicidade é vivência imprescindível para anular a ação nefasta
e poder ilusório do orgulho e inveja, vaidade e idolatria. É energia
mentopsíquica suave, bela e forte que solidifica a personalidade do espírita
verdadeiro.

O espírita que busque viver a simplicidade é alma transparente
que prima em ser sempre autêntico: não complica, não confunde e nem é
complexo no relacionamento com os outros. Pensa, sente e age com
naturalidade, pois tem Jesus no raciocínio ponderado e coração
evangelizado. Não conserva em seu íntimo nenhum interesse infeliz de
dominação e exigência, falsidade e competição, prevenção e presunção.

Não mudará jamais suas idéias e opiniões para satisfazer a interesses
mesquinhos de terceiros duvidosos. Fica totalmente livre para ser ele
mesmo e seguir com desenvoltura o Divino Mestre do amor incorruptível.

O espírita sincero, com o Evangelho de Luz eterna:

Acredita ser pessoa comum, como as demais da Humanidade,

É de fácil relacionamento com os incrédulos e problemáticos,

É despretensioso, não cuida com prioridade de seus interesses,

Comunica-se com bastante espontaneidade, sem usar disfarce,
hipocrisia e falsidade,

Vive feliz e contente com o que possui na vida terrena e o que é
por dentro de si mesmo,

Manifesta-se no grupo como pessoa familiar, amiga e simpática.

Expõe seus sentimentos com a leveza da inocência boa, bela e
pura,

Age sempre com o máximo de naturalidade possível,

Não deseja mostrar-se o que ainda não é,

Não se contradiz, por não ser criatura dissimulada,

Não sobrecarrega a mente com fantasias de grandeza moral,

Expõe seus sentimentos e idéias com o máximo de discrição e
modéstia,

Sua lealdade de coração é retrato nítido da sinceridade, que espelha
seu caráter digno.

Os corações sinceros que exemplifiquem a lídima simplicidade
favorecem a criação de ambiente espiritual com intensas vibrações suaves
e leves, puras e harmoniosas, saudáveis e balsâmicas. Essas vibrações
nascidas do amor de cada coração devotado a Jesus inoculam energias
salutares nas mentes desarvoradas dos espíritos encarnados ou
desencarnados fortalecendo-os e equilibrando-os. As forças espirituais
originadas de profundo amor e encantadora simplicidade multiplicam
bênçãos ilimitadas de luz e paz, alegria e esperança, socorro e inspiração
superior a todos os necessitados e sofredores atendidos nessas reuniões
bastante amorosas.

Imprescindível manifestarmos simplicidade no pensar, no sentir,
no relacionamento, na conversação, na afetividade, na atitude, no vestir-se,
no comunicar-se, no ensinar, nas emoções, nos desejos, nos pequeninos
gestos, em nossa maneira de trabalhar...

Simplicidade cristã que encanta a alma abatida, que conforta o
coração aflito, que anima os tristes, que comove os solitários, que facilita
o diálogo amigo, que comunica intensa paz, que vibra simpatia, que
favorece o acolhimento, que magnetiza a prece proferida, que multiplica
o tônus vibratório das reuniões de Amor, Fé e Caridade.

Sustentemos as ações e atividades com a beleza da simplicidade
que tanto agrada a Jesus e aos Espíritos Superiores!

Walter Barcelos. Uberaba - MG, julho de 2008. (Anuário Espírita)

domingo, 21 de agosto de 2011

58ª SEMANA ESPÍRITA DE VITÓRIA DA CONQUISTA

VT 58ª Semana Espírita de Vitória da Conquista from TVCEI on Vimeo.

Verbo Nosso

"Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juizo..." - Jesus - Mateus, 5:22.
*
"O corpo não dá cólera àquele que não na tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito." - Cap. IX, 10.(OESE)

Ainda as palavras.

Velho tema, dirás.

E sempre novo, repetiremos.

É que existem palavras e palavras.

Conhecemos aquelas que a filologia reúne, as que a gramática disciplina, as que a praxe entretece e as que a imprensa enfileira...

Referir-nos-emos, contudo, ao verbo arrojado de nós, temperado na boca com os ingredientes da emoção, junto ao paladar daqueles que nos rodeiam. Verbo que nos transporta o calor do sangue e a vibração dos nervos, o açúcar do entendimento e o sal do raciocínio. Indispensável articulá-lo, em moldes de firmeza e compreensão, a fim de que não resvale fora do objetivo.

No trabalho cotidiano, seja ele natural quanto o pão simples no serviço da mesa; no intercâmbio afetivo, usemo-lo à feição de água pura; nos instantes graves, façamo-lo igual ao bisturi do cirurgião que se limita, prudente, à incisão na zona enfermiça, sem golpes desnecessários; nos dias tristes, tomemo-lo por remédio eficiente, sem fugir à dosagem.

Palavras são agentes na construção de todos os edifícios da vida.

Lancemo-las, na direção dos outros, com o equilíbrio e a tolerância com que desejamos venham elas até nós.

Sobretudo, evitemos a desconsideração e a ironia.

Todo sarcasmo é tiro a esmo.

E sempre que a irritação nos visite, guardemo-nos em silêncio, de vez que a cólera é tempestade magnética no mundo da alma, e qualquer palavra que arremessamos, no momento da cólera, é semelhante ao raio fulminatório que ninguém sabe onde vai cair.

Emmanuel (Livro da Esperança)

Cólera

Cap. IX - Ítem 10 (OESE)

A cólera apresenta dez negativas complexas que induzem a melhor das criaturas à pior das frustrações.

1 - Não resolve.
Agrava.
2 - Não resgata.
Complica.
3 - Não ilumina.
Escurece.
4 - Não reúne.
Separa.
5 - Não ajuda.
Prejudica.
6 - Não equilibra.
Desajusta.
7 - Não reconforta.
Envenena.
8 - Não favorece.
Dificulta.
9 - Não abençoa.
Maldiz.
10- Não edifica.
Destrói.

Evite a colera como quem foge ao contacto destruidor de alta tensão.

Mas, se você amanhece de mau humor, antes que o flagelo se instale de todo na sua cabeça e na sua voz, comece o dia rogando à Divina Bondade o socorro providencial de uma laringite.
André Luiz. (O Espírito da Verdade)

domingo, 14 de agosto de 2011

Momento em Casa

Pés molhados

É comum ouvir-se alguém falar que não resistiu a uma tentação.

Como a Terra não é habitada por anjos, a fragilidade humana não deve causar espanto.

Ela se revela de modo diverso em cada um e depende essencialmente da sua história espiritual.

Conforme se comportou ao longo de suas existências, o homem tem seus pontos fortes e fracos.

Quem se permitiu leviandades na área sexual, é frágil em relação a ela.

Já o que viveu de forma desonesta tem dificuldades quanto ao dinheiro.

Isso se repete nos mais variados setores.

À medida que vence suas imperfeições, o homem se liberta.

Já não precisa lutar contra si mesmo.

Ele vive com dignidade de forma natural.

Contudo, enquanto está em processo de libertação, necessita orar e vigiar.

Orar implica conectar-se com as forças superiores que regem a vida, a fim de receber orientação e apoio.

Trata-se de um gesto de humildade e que viabiliza o autoconhecimento.

Humildade, pois a oração não é um ato entre iguais.

Justamente por isso não pressupõe trocas infantis.

Deus não necessita de nada, em Sua perfeição.

Já os homens muito ganham em buscá-lO e em seguir os caminhos que Ele sinaliza.

Ao relatar ao Pai Celestial suas dificuldades, suas dores e anseios, o homem atento passa a se conhecer melhor.

Consegue identificar o que lhe causa dor, o que o tenta a agir de modo indigno.

Com base nesse conhecimento de si mesmo, pode vigiar melhor.

Quanto à vigilância, constitui uma atenção toda especial para se manter longe de encrencas.

Cada um sabe em quê residem suas tentações.

Se está realmente decidido a viver com retidão, deve manter-se longe delas.

Constitui tolice achar que pode testar seus limites, de modo indefinido, sem conseqüências nefastas.

Ainda que atos negativos não sejam efetivados, sempre se perde um pouco de paz ao se manter próximo do que deve ser evitado.

Basicamente, aquele que não deseja molhar os pés faz bem em se manter longe da torrente de água.

A tentação de se aproximar cada vez mais pode ser perigosa.

De repente, em um falso movimento, eis que os pés jazem molhados.

Assim, quem tem dificuldade para ser fiel no matrimônio, não deve lançar olhares e sorrisos à sua volta.

Um flerte que se imagina inocente pode se transformar numa tragédia.

Também o apaixonado por dinheiro e bens materiais não deve nem refletir sobre vantagens indevidas.

Após dar o primeiro passo em direção ao objeto proibido, pode ser difícil retroceder.

Ao longo do tempo, a resistência disciplinada converte-se em espontaneidade.

É quando as tentações perdem a força e os desejos doentios desaparecem.

Pense nisso.

(fonte: FEP. Redação do Momento Espírita.

sábado, 13 de agosto de 2011

Viver em Paz

“Viver de qualquer jeito é de todos. Viver em paz consigo mesmo é tarefa de poucos.”

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O conhecimento liberta

(Mércia Miranda Vasconcellos, no livro O sentido da vida – à procura de mim mesmo) Editora EME.

Por que o conhecimento liberta? À medida que temos informações, podemos fazer reflexões, indagações, considerações, aumentando a noção preexistente, possibilitando-nos uma visão clara e mais amadurecida da realidade que nos cerca. Dessa forma, construímos significados não só para aquilo que nos é apresentado, mas para o que vai além, e damos sentido às coisas como elas são na sua essência, compreendendo a razão de ser de atitudes, de situações.

O conhecimento possibilitará a distinção entre o bem e o mal, abrirá os horizontes intelectuais, propiciando também o esclarecimento moral, o despertar da consciência. Despertos, passaremos a ver o mundo de forma mais esclarecida, e, descobrindo os segredos da existência, tiraremos o véu que nos empana o entendimento. .

Seguindo esse raciocínio, o conhecimento induz o pensar crítico, o organizar idéias, o questionamento, a contextualização de informações. O conhecimento é capaz de acionar desejos novos e, junto ao sentimento, movimentarão a vontade de concretizar caminhos diferentes.

O cérebro, cheio de ideais renovadores, deve motivar o coração à busca do equilíbrio emocional. A mente deve estar recolhida, focada, presente em cada momento vivido, sem divagar ou desviar-se do processo de crescimento. Reproduzimos internamente o saber através das reflexões, das quais nascem outros questionamentos, ou conclusões responsáveis pela mudança de postura, quanto aos conhecimentos e hábitos. .

Quem conhece a razão de ser das coisas tem liberdade de escolha e amplia a possibilidade de uma decisão acertada. O progresso intelectual é um passo para o moral, porque ajuda a compreensão do bem e do mal. O crescimento se efetivará, porém, quando as reflexões saírem do campo estritamente cognitivo, ou seja, do intelecto, e passarem para o campo emocional e da ação, tornando-se reflexões sentidas, vivenciadas, aplicadas.

Não basta somente conhecer, é preciso aplicar o conhecimento adquirido nas experiências diárias, vivendo o aprendizado, pelas reflexões sentidas, para que o saber saia do intelecto e passe a fazer parte de seu senso moral, aumentando a maturidade espiritual e a fortaleza emocional.

sábado, 6 de agosto de 2011

Caminho, Verdade e Vida

Encontramos no livro “Caminho, Verdade e Vida” de autoria do Benfeitor Espiritual Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, a afirmação de que Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida e que Sua luz imperecível brilha sobre os milênios terrestres, penetrando o mundo.
A despeito das lutas sanguinárias e guerras de extermínio, com tempestades de sangue e lágrimas, a grandeza do Senhor permanece viva, mesmo com as criaturas desprezando o Caminho, indiferentes ante os patrimônios da Verdade e da Vida.
Nos esclarece o Benfeitor que o Senhor não nos tem desamparado e, a cada dia, reforma os títulos de tolerância para com as nossas dívidas, sendo do nosso interesse levantar o padrão da vontade, estabelecer disciplinas para uso pessoal e reeducar a nós mesmos, ao Seu contacto.
Espera o Cristo venhamos todos a converter-lhe o Evangelho de Amor e Sabedoria em companheiro da prece, em livro escolar no aprendizado de cada dia, em fonte inspiradora de nossas mais humildes ações no trabalho comum e em código de boas maneiras no intercâmbio fraternal.
Enfatiza o Benfeitor que temos imensas distâncias a vencer no Caminho, para adquirir a Verdade e a Vida na significação integral, pois o labor do aprendiz fiel constitui-se de adoração e trabalho, de oração e esforço próprio.

A saúde em nossas mãos

(Wilson Garcia, no livro Mensagens de saúde espiritual)

Somos espíritos viajores do Universo. Viemos de lugares distantes, passamos por países e cidades que acabaram, construímos civilizações que floresceram e permanecem, formamos um passado que se distende pela crosta terrestre, como uma longa via, e carregamos uma bagagem que nos impulsiona, formada do caldo cultural de todas essas aventuras humanas.
Atingimos este hoje, reencarnados na Terra, com nossos sonhos ainda vivos, nossas emoções acossadas pela insegurança e nossa saúde física e espiritual correndo num fino fio de energias. Apesar de tudo, especialmente dos males que não controlamos, porque têm sua causa nas paragens distantes por onde passamos, há condições gerais que, se observadas com atenção, poderão nos favorecer na atualidade.

Veja como André Luiz, em páginas colhidas pelo médium Chico Xavier, traça algumas e importantes REGRAS DE SAÚDE:

1. Guarde o coração em paz à frente de todas as situações e de todas as coisas. Todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.
2. Apoie-se no dever rigorosamente cumprido. Não há equilíbrio físico sem harmonia espiritual.
3. Cultive o hábito da oração. A prece é a luz na defesa do corpo e da alma.
4. Ocupe o seu tempo disponível com o trabalho proveitoso, sem esquecer o descanso imprescindível ao justo refazimento. A sugestão das trevas chega até nós pela inércia.
5. Estude sempre. A renovação das ideias favorece a evolução do espírito.
6. Evite a cólera. Enraivecer-se é animalizar-se, caindo nas sombras de baixo nível.
7. Fuja à maledicência. O lobo agitado atinge a quem o revolve.
8. Sempre que possível, respire a longos haustos e não olvide o banho diário, ainda que ligeiro. O ar puro é precioso alimento e o banho revigora as energias.
9. Coma pouco. A criatura sensata come para viver, enquanto a criatura imprudente vive para comer.
10. Use a paciência e o perdão infatigavelmente. Todos nós temos sido caridosamente tolerados pela Bondade Divina, milhões de vezes, e conservar o coração no vinagre da intolerância é provocar a própria queda na morte inútil.