segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Quando começa um novo ano

Primeiro dia do ano. Ano novo. Novo ciclo se inicia. Um novo tempo.

Mas, o que é o tempo, afinal, senão uma convenção estabelecida pelos que habitamos este planeta?

O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito.

Suponhamo-nos na origem do nosso mundo, na época primitiva em que a Terra ainda não se movia sob a divina impulsão.

Numa palavra: no começo da gênese.

O tempo então ainda não saíra do misterioso berço da natureza e ninguém pode dizer em que época de séculos nos achamos, porquanto o balancim dos séculos ainda não foi posto em movimento.

Silêncio... (sugerimos pausa breve)

Soa na sineta eterna a primeira hora de uma Terra insulada, o planeta se move no espaço e desde então há tarde e manhã.

Para lá da Terra, a eternidade permanece impassível e imóvel, embora o tempo marche com relação a muitos outros mundos.

Para a terra, o tempo a substitui e durante uma determinada série de gerações se contarão os anos e os séculos.

O tempo é uma gota d´água que cai da nuvem no mar e cuja queda é medida.

Eis então um novo tempo a se apresentar à nossa frente: trezentos e sessenta e cinco dias, que dividiremos em semanas e meses.

Dias que ansiaremos que cheguem porque assinalam o nosso aniversário, a comemoração do nosso casamento, o nascimento do nosso filho, a colação de grau tão aguardada.

Dias em que trabalharemos, intensamente, para tornar este mundo melhor, realizando o melhor em nossa profissão.

E há tanto a burilar em nossas instituições públicas, em nossas escolas, nas universidades, nas empresas e pequenos negócios que nos garantem o sustento honrado de cada dia.

Dias que nos dedicaremos ao nosso próximo, desejando lhes amenizar os sofrimentos mais duros.

E tantas são as necessidades sobre o solo que nos abriga: crianças a conduzir ao alfabeto, idosos a amparar na enfermidade e solidão que os envolve, jovens e adultos a serem encaminhados a trabalhos que lhes dignifiquem a vida.

Dias em que amaremos aos que já amamos e aprenderemos a amar outros tantos, ainda nem conhecidos agora.

Desfrutar do aconchego da família, abraçar mais, dizer multiplicadas vezes o quanto amamos a cada um.

Permitirmo-nos ampliar o rol das amizades, descobrir a riqueza interior de tantos e enriquecer a nossa família pelos laços do espírito.

Novo ano. Novos dias.

Respiremos profundamente. Deixemos o ar deste novo dia nos encher os pulmões, renovando-nos.

Oremos ao senhor da vida para que esses novos dias que apenas amanhecem, hoje, nos permitam desfrutar de todas as generosas bênçãos que o amor do pai nos preparou.

Vivamos como irmãos. Trabalhemos como os residentes de um esmo e imenso lar. Amemos como o mestre nos ensinou.

Iniciemos hoje a realizar mudanças positivas em nossa vida.

O passado está concretizado, o presente apenas se esboça, o futuro nos pertence, de forma total.

Pensemos nisso. Porque hoje... Hoje é o dia de iniciar a fazer o melhor, neste novo e maravilhoso ano que de nós depende construir.
Redação do Momento Espírita, com transcrições
do item 2, do cap. VI, do livro
A gênese –
os milagres e as predições segundo o Espiritismo,
de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 1.1.2018