quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A Influência dos Espíritos em nossas vidas

Divaldo Pereira Franco apresenta, nesta entrevista, como os Espíritos influenciam nossas vidas e como podemos encontrar o fortalecimento para construção do equilíbrio e busca de uma vida saudável e harmoniosa através da conduta e dos pensamentos.

Necessidade da meditação



A meditação é recurso valioso para uma existência sadia e tranquila.

Você medita?

Caso sua resposta tenha sido não, é sempre tempo de começar.

Através dela o homem adquire o conhecimento de si mesmo, penetrando na sua realidade íntima e descobrindo recursos que nele dormem inexplorados.

Meditar significa reunir os fragmentos da emoção num todo harmonioso que elimina as fobias e ansiedades, liberando os sentimentos que aprisionam o indivíduo, impossibilitando-lhe o avanço para o progresso.

As pressões e excitações do mundo agitado e competitivo, bem como as insatisfações e rebeldias íntimas, geram um campo de conflito na personalidade.

Esse campo de conflito termina por enfermar o indivíduo que se sente desajustado.

A meditação propõe a terapia de refazimento, conduzindo-o aos valores realmente legítimos pelos quais deve lutar.

Não se faz necessária uma alienação da sociedade. Tampouco a busca de fórmulas ou de práticas místicas ou a imposição de novos hábitos em substituição dos anteriores.

Algumas instruções singelas são úteis para quem deseje renovar as energias, reoxigenar as células da alma e revigorar as disposições otimistas.

A respiração calma e profunda, em ritmo tranquilo, é fator essencial para o exercício da meditação.

Logo após, o relaxamento dos músculos, eliminando os pontos de tensão nos espaços físicos e mentais, mediante a expulsão da ansiedade e da falta de confiança.

Em seguida, manter-se sereno, imóvel quanto possível, fixando a mente em algo belo, superior e dinâmico. Algo como o ideal de felicidade, além dos limites e das impressões objetivas.

Esse esforço torna-se uma valiosa tentativa de compreender a vida, descobrir o significado da existência, da natureza humana e da própria mente.

Por esse processo, há uma identificação entre a criatura e o Criador, compreendendo-se, então, quem somos, por que e para que se vive.

Esse momento não deve ser interrogação do intelecto. É de silêncio.

Não se trata de fugir da realidade objetiva, mas de superá-la.

Não se persegue um alvo à frente. Antes, se harmoniza o todo.

O indivíduo, na sua totalidade, medita, realiza-se, libera-se da matéria, penetrando na faixa do mundo extrafísico.
* * *
Crie o hábito da meditação, após as fadigas.

Reserve alguns minutos ao dia para a meditação, para a paz que renova para outras lutas.

Terminado o seu refazimento, ore e agradeça a Deus a bênção da vida, permanecendo disposto para a conquista dos degraus de ascensão que deve galgar com otimismo e vigor.


(Redação do Momento Espírita, com base no cap. 16 do livro Alegria de Viver, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, Ed. Leal. Federação Espírita do Paraná)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Lição de Vida

Divaldo Franco relata o exemplo nobre do Espírito Lívia e as experiências vivenciadas por Emmanuel, apresentando sábias lições para a alma, que precisa sempre não se esquecer, quando desafiada pelas constantes necessidades de escolhas nos caminhos da vida, sobre a realidade do ser espiritual que somos e o nosso compromisso de transcendência.

Fica o convite, após assistir, para deixar seu recado sobre suas impressões, compartilhando seu olhar e sensibilidade.

Ascensão espiritual


Joanna de Ângelis

Indiscutivelmente, a culpa resulta do grau de responsabilidade, da consciência do homem que pratica qualquer ação.

Em razão disso, a penalidade ou corretivo deve ser proporcional à capacidade, à resistência do infrator.

Quando a criatura sofre sem conhecimento das causas que a levam à aflição, raramente logra forças para superar-se e suportar com resignação as suas dores.

Eis porque, ante a conjuntura ou situação dolorosa que atinge os homens, somente se pode entender, ante a divina justiça, que se a causa dos padecimentos não se encontra na existência atual, está, sem dúvida, em precedentes reencarnações.

Repetem-se as vidas corporais para o Espírito, quantas vezes se fazem necessárias para o seu burilamento, a sua plenitude.

Cada etapa repara os erros da fase anterior, ao mesmo tempo contribuindo para a aquisição de valores e experiências que necessitam ser armazenados e que contribuem, poderosamente, para a evolução do homem.

Sem este processo, no qual se manifestam a excelsa justiça e o soberano amor, a vida inteligente perderia o sentido e a criatura humana se transformaria em joguete de caprichosas e incontroladas mãos que lhe conduziriam o destino.

Se não compreendes o porquê das tuas dores atuais, ausculta a consciência e ela te inspirará a entender as causas anteriores, ajudando-te a suportá-las e vencê-las bem.

O sofrimento não tem exclusiva finalidade corretiva, senão educadora, abrindo percepções e facultando valores que não seriam conhecidos sem o seu contributo.

Não menosprezes, por essa razão, a fragilidade orgânica, a celeridade com que transcorre cada ciclo das reencarnações.

Aproveita, quanto possas, as ensanchas que se te apresentem, reunindo experiências positivas, recuperando lições perdidas, realizando trabalhos valiosos.

A pessoa odienta que te molesta; a dificuldade persistente que te perturba; a enfermidade pertinaz que te não abandona; o problema que não dilui; a dor que te estiola; a solidão que te martiriza; a angústia, de origem desconhecida, que te dilacera; a pobreza que te preocupa; a limitação desta ou daquela natureza que te aflige; a inquietação que te espezinha, têm suas raízes em comportamentos infelizes de que te olvidaste, sem os solucionar, e que ora chegam, oferecendo-te ensejo de reparação e de paz íntima.

A conquista da tranquilidade impõe como condição precípua a ausência de culpa, por falta de delito praticado ou como decorrência de erro regularizado.

Ninguém que consiga felicidade real, sem as condições de mérito advindo das ações nobres realizadas.

Os que se apresentam ditosos, tranquilos e não merecem, assim se apresentam, aquinhoados por dádivas de acréscimo que todos recebem e nem sempre utilizam como devem, incidindo, então, na compulsória de adquirirem pela dor, o que não realizaram pelo amor.

* * *

' - O meu fardo é leve - disse Jesus - e suave é o meu jugo.'

Com Jesus, todas as injunções de prova e dor transformam-se em bênçãos, graças às mercês de que se fazem portadoras.

Sob o Seu compassivo olhar e nas Suas mãos misericordiosas, o homem que se Lhe doa, supera-se e penetra-se de paz, mediante o amor e a resignação, de que dá mostras no empreendimento da própria ascensão espiritual.


(fonte: Otimismo. Psicografia Divaldo Pereira Franco)

Força do bem

Os equívocos são bastante comuns nos caminhos humanos.

Mesmo pessoas bem intencionadas por vezes se equivocam.

No ardor de discussões, muitas palavras são ditas sem a necessária reflexão.

O que parece correto em um contexto, mais tarde se afigura terrivelmente errado.

A maturidade fornece novos contornos ao que antes parecia simples.

O problema reside no que fazer após surgir a consciência do equívoco.

Depois que o mal foi feito, a palavra estranha foi dita, o amigo foi ferido.

Nessa situação, o orgulho é mau conselheiro.

Ele faz com que o homem, embora ciente de seu erro, não se disponha a assumi-lo.

Então, ele vive uma situação doentia e artificial.

Em seu íntimo, sabe-se em falta.

Contudo, procura afetar uma tranquilidade externa de todo falsa.

Ou até admite que errou, mas nada procura fazer a respeito.

Por vezes, adota algumas fórmulas para tentar se redimir, mas sem enfrentar realmente o problema.

Confessa-se pecador, penitencia-se, priva-se de alguns pequenos prazeres, pune-se das mais diversas formas.

Entretanto, a Espiritualidade Superior ensina que apenas por meio do bem se repara o mal.

Também alerta que essa reparação, para ser efetiva, precisa atingir o orgulho do homem e os seus interesses.

Tal significa que de pouco adianta orar pedindo perdão pelo erro cometido contra o semelhante, mas não o admitir para o próprio ofendido.

Jesus bem o disse:

Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele.

Também recomendou que, antes de fazer uma oferta no altar, o homem deve se acertar primeiro com o seu irmão.

Quem erra o faz em relação à ordem cósmica, instituída por Deus para a harmônica evolução dos seres.

Contudo, o ofendido, em certa medida, representa a Lei Divina em face do ofensor.

Se é possível o acerto direto, ele deve ser efetuado.

Caso contrário, não faltaria quem decidisse comprar o Reino dos Céus com cestas básicas.

Prejudicaria os desafetos e buscaria se redimir mediante pequenos serviços para desconhecidos.

Só o bem apaga o mal.

Ou seja, é preciso haver progresso no íntimo da criatura, a revelar-se mediante uma conduta renovada.

Não é necessário sofrer longamente, desenvolver neuroses e enfermidades as mais variadas.

Mas é preciso enfrentar as consequências do que se fez.

Domar o próprio orgulho, admitir a falta e reparar o equívoco diretamente com o ofendido.

Caso esse fique irredutível e não queira a reconciliação, nem por isso a reabilitação se inviabiliza.

Nesse caso, ela se processa mediante gestos de genuíno amor em relação a terceiros.

O importante é que o mal se apague pela pujança do bem.

Não só pela reparação exterior, mas pelo progresso revelado na disposição firme de não mais errar.

Pense nisso.



Redação do Momento Espírita, com base no item 1000 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Jane Fonda: O terceiro ato da vida

Uma abordagem de belas reflexões sobre o terceiro ato da vida. Um rico convite para se pensar sobre o significado desse momento singular da existência humana e a disposição para se subir a "escadaria".

Valor pessoal


Em uma antiga cidade da Pérsia, existia uma Academia onde se reuniam os sábios da época. Chamava-se Academia Silenciosa, porque os seus membros deveriam se manter calados quanto possível, em meditação, resolvendo os problemas que lhes eram apresentados.

Certo dia, em que todos estavam reunidos, apresentou-se um eminente pensador. Chamava-se Doutor Zeb e foi ali propor a sua candidatura a um lugar entre aqueles sábios.

O Presidente da Academia o atendeu em silêncio. Depois , diante dos diversos acadêmicos, escreveu o número mil no quadro de giz, colocando um zero à sua esquerda, fazendo-o entender que este era o seu significado para os presentes.

Doutor Zeb, sem se incomodar, apagou o zero e o transferiu para o lado direito do número, tornando-o dez vezes maior.

Surpreendido, o sábio tomou de uma taça de cristal e encheu-a com água, de tal forma que, se uma única gota fosse acrescentada, a água transbordaria.

O candidato, sem se perturbar, tirou uma pétala de bela rosa que adornava o recinto e a colocou sobre a água da taça, que se manteve sem nenhuma perturbação.

Diante da excelente resposta, Dr. Zeb foi então admitido como membro daquele colégio de sábios.

* * *

Por vezes, na vida, nos sentimos qual o zero à esquerda. Acreditamos que não valemos nada, que nada de produtivo para o mundo podemos oferecer, que não fazemos falta.

É um sentimento de menos valia. Em tais dias, é importante nos lembrarmos da sabedoria do Dr. Zeb.

Sempre temos algo a acrescentar de bom, útil ou belo para a vida.

Podemos ser a dona de casa, às voltas com as mil tarefas domésticas, que se detém no jardim e planta uma flor. Flor que desabrochará em colorido e perfume, embelezando o dia.

Podemos escrever um bilhete a um amigo distante, telefonar a um companheiro que está na solidão. Todos podemos dar algo de nós.

Ler uma página reconfortante ao idoso, cujos olhos se apagaram no escoar dos anos. Levar a passeio uma criança para que ela se encontre com o calor do sol, salte alegre na grama, encha de terra e pedrinhas as mãos miúdas.

Podemos confeccionar um agasalho para aquecer um pequerrucho. Costurar uma peça de enxoval para quem vai renascer. Sorrir, cantar.

Quantos talentos possuímos que esquecemos de utilizar, de valorizar?

Cada criatura, na face da Terra, é única, e valiosa.

Ninguém substitui integralmente o outro, porque cada ser é especialmente dotado com timbre de voz inigualável, personalidade própria.

Pensemos em como no mundo podemos ser a pétala de rosa, que embeleza a taça cheia d'água, acrescentando ainda o delicado perfume da presença.

* * *

Todos possuímos recursos inimagináveis que estão em germe em nossa alma, aguardando os nossos estímulos.

Possuímos o Cristo interno, poderoso, que é nosso.

Permitamos que Ele aja através de nós. Com Ele, teremos decisão para deixarmos os pensamentos doentios que se transformam em tormentos.

Saiamos pelas ruas, semelhantes ao sol da primavera que espanca o inverno e anuncia que logo mais haverá explosão de flores e perfumes no ar.


Redação do Momento Espírita, com base nos livros Vida Feliz e Filho de Deus, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

A conduta correta


Em alguns ambientes e setores da sociedade, há uma extrema preocupação com resultados.

Por exemplo, no meio empresarial o foco costuma ser o lucro.

Nas escolas, a obtenção de boas notas.

Em concursos, lograr aprovação.

Não há nada de errado em buscar eficácia no que se faz.

O problema em supervalorizar os resultados é concluir que os fins justificam os meios.

Ou levar esse paradigma para todos os aspectos da existência.

É ótimo quando bons resultados surgem. Mas, em variadas situações, eles não são o aspecto primordial.

Em questões morais, não dá para agir a fim de obter a conseqüência mais favorável.

Muitas vezes, apesar de um proveito mínimo ou inexistente, é preciso perseverar.

A respeito, convém refletir sobre a passagem Evangélica conhecida como o óbolo da viúva.

Nela, Jesus afirma que duas moedas doadas por uma pobre viúva representavam mais do que os tesouros ofertados por outros mais abastados.

Em uma visão objetiva e mundana, as amplas ofertas dos ricos certamente tinham maior valor.

Mais coisas poderiam ser compradas com elas do que com os centavos saídos das mãos da viúva.

Ocorre que para essa a doação exigiu sacrifício, pois ofereceu o que lhe faria falta.

Extrai-se daí a lição de que a correção da conduta vale por si só.

Pouco importa que os resultados sejam insignificantes, pelos padrões do mundo.

Este ensinamento é muito precioso.

Em questões capitais da vida humana, não dá para agir com base no interesse em atingir determinado fim.

Quem age exclusivamente por interesse, ainda que esse seja bom, é moralmente frágil.

Se a conduta é difícil ou se o resultado demora, esmorece.

Pode ficar tentado a alterar seu comportamento para melhorar a situação.

Já quem se ocupa primordialmente do dever e nele encontra justificativa logra seguir firme.

A dignidade vem do comportamento correto.

Quem consegue manter dignidade em face de situações muito adversas revela grande valor moral.

Sinaliza estar disposto a acumular prejuízos os mais variados, para viver o que julga ser certo.

Imagine-se uma mãe cujo filho seja desequilibrado.

Se ela não entender que seu dever reside em fazer o melhor, pode se sentir uma perdedora e desanimar.

Ela não tem condições de alterar o caráter do filho à força.

Pode educar, exemplificar e confiar na vida.

Mas o filho se modificará em seu ritmo próprio.

Não é o resultado que confere o mérito, mas a dificuldade em manter a reta conduta.

O resultado depende das injunções do mundo e da vontade alheia, sobre as quais não se tem domínio.

Já o controle sobre o próprio comportamento é total.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita. FEP.

Raul melhora gradualmente

03/02/2012 – 17h

Nosso estimado Raul prossegue com o tratamento e seu estado geral vem melhorando gradualmente.

Importante considerar que o quadro de um AVC requer sempre paciência no trabalho de recuperação e que os resultados não aparecem com a rapidez esperada. Cada paciente responde de uma forma bem particular. Contudo, Raul já fala com mais desenvoltura, formando frases mais completas e acompanha todos os assuntos com a lucidez de sempre.

Está escrevendo muito bem com a mão esquerda.

A mão direita ainda se apresenta com certa rigidez, mas ele já consegue realizar movimentos que antes quase não fazia.

Os dedos já apresentam maior firmeza e o punho, também. 


Após mais de dois meses, desde o dia do AVC, Raul continua com excelente disposição. Fala da sua situação com bom-humor, demonstrando comovente resignação e total confiança nas Leis Divinas e na assistência dos bons espíritos. 

 Fraternalmente
 Diretoria da SEF

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ansiedade


Joanna de Ângelis

Característica de identificação do homem de fé é a paz de espírito.

A crença honesta propicia equilíbrio, fomentando a harmonia, de que se nutre a criatura no rumo da sua evolução.

A confiança irrestrita em Deus dulcifica o homem, auxiliando-o a compreender os acontecimentos e as realidades da vida, de que se utiliza em forma de experiências promotoras da felicidade.

Num temperamento irrequieto, a fé se assinala pela mudança de atitudes que impõe, desde que se modifica a forma de ver a vida e os seus sucessos, dando a cada coisa e ocorrência o valor exato que se lhe faz correspondente.

Amadurece-lhe o entendimento e o descortino se agiganta, transformando os mecanismos de ação e desenvolvimento da personalidade, que melhor se integra no contexto da sociedade na qual se encontra.


* * *

A ansiedade traduz desarmonia interior, insegurança e insatisfação.

É a crença no inconformismo, do qual decorre a incerteza em torno das ocorrências do cotidiano.

O ansioso perturba-se e perturba.

No seu estado de ansiedade, desgasta-se e exaure aqueles que se lhe submetem ou com quem convive.

A ansiedade pode ser considerada como um fenômeno de desequilíbrio emocional.

Littré, o eminente pensador positivista, afirmava que a "inquietação, a ansiedde e a angústia são manifestações de um mesmo estado".

Mediante exercício da vontade e recorrendo-se à terapia especializada, a ansiedade se transforma em clima de paciência, aprendendo a aguardar no tempo, na hora e no lugar próprios, o que deve suceder.

* * *

Se experimentas contínuos estados de ansiedade, pára a meditar e propõe-te renovação de conceito espiritual.

Usa o medicamento da fé consoladora e reserva-te a confiança no futuro.

O que não consigas realizar agora, fá-lo-ás depois.

Nem te permitas a negligência perturbadora, nem tampouco a ansiedade desesperada.

Se, todavia, mediante o esforço mental na disciplina dos hábitos, não conseguires a paz de espírito porque anelas, recorre aos passes e à prece, que te evitarão a queda no abismo da angústia.

Permanecendo, no entanto, o estado irrefreável da ansiedade, recorre à Ciência Médica para atender aos teus implementos nervosos e auxiliar-te a maquinaria orgânica.

O egoísta faz-se ansioso.

O prepotente, na marcha da volúpia alucinada, vive ansiosamente.

Os triunfadores da ilusão e os arquitetos da mentira tornam-se ansiosos, entre frustrações e medos.

A consciência atormentada pelos remorsos ou estigmatizada pelos erros, sofre de ansiedade.

* * *

Todos aqueles que, através da fé legítima, se fixam nos ideais da benemerência e da construção do mundo novo de amanhã, são calmos e confiantes, superando a ansiedade, que somente se lhes instala na emoção quando esta vive o desejo de alcançar o "reino de Deus" pela qual se fascina e luta.

Jesus, por excelência calmo, demonstrou-nos, em todos os instantes do seu messianato, que a ansiedade nEle não encontrou sintonia, marchando sempre sereno em todos os transes, até a Cruz de ignomínia que Ele vestiu de luz, prosseguindo na Ressurreição discreta em plenitude de paz e de confiança em Deus, para sempre.

(Otimismo. Psicografia de Divaldo Pereira Franco)