Trata-se
de uma reflexão interessante e muito atual.
A
vertigem da posse avassala a maioria das criaturas da Terra.
Homens e
mulheres perdem a paz e, muitas vezes, a dignidade, na busca de riquezas.
Multiplicam
suas atividades, para muito além do necessário, a fim de possuir muitas coisas.
Com tal
proceder, deixam de prestar atenção em questões graves da existência humana.
Para ter
mais e mais, abdicam do convívio com amigos e familiares e se deixam tomar pelo
egoísmo.
A vida
simples constitui uma condição da felicidade relativa que o planeta pode
oferecer.
Contudo,
ela foi esquecida por grande parte dos homens.
A Espiritualidade
informa que a esmagadora maioria das súplicas que partem da Terra não se alça a
planos superiores.
Elas não
conseguem avançar além de seu acanhado âmbito de origem.
Isso
porque os pleitos dirigidos à Divindade costumam conter estranhos absurdos.
Raras
pessoas se contentam com o material recebido para a solução de suas
necessidades.
Raríssimas
pedem apenas o pão de cada dia, como símbolo das aquisições materiais
indispensáveis.
O homem
incoerente não procura saber se possui o menos para a vida
terrena.
Ele
costuma andar ansioso pelo mais nas possibilidades
transitórias.
Geralmente,
permanece absorvido pelos interesses perecíveis.
Insaciado,
inquieto, vive sob o tormento angustioso de desmedida ambição.
Na
corrida louca para o imediatismo, esquece a oportunidade que lhe pertence.
Desvaloriza
e considera pouco o que a Sabedoria Divina lhe depositou nas mãos.
Olvida
que renasceu para se pacificar e tornar virtuoso, e não para amontoar coisas
que deixará ao morrer.
Com isso,
atira-se em aventuras de consequências imprevisíveis, em face de seu futuro
infinito.
Quem já
entende a finalidade superior da existência terrena, precisa se esforçar para
sair desse círculo vicioso.
De nada
adianta gastar todas as energias em questões transitórias, com esquecimento do
objetivo essencial da vida humana.
Cedo ou
tarde, a morte de forma simples e clara revela a cada um o que é de fato
importante.
Para não
se arrepender amargamente, importa analisar a essência dos próprios desejos.
Faz
sentido arder de cobiça pelo que ficará em suas mãos por reduzidos instantes?
Não é
melhor libertar-se de tanto apego e prestar atenção em questões mais
importantes, como a família, os amigos e as dores que pode amenizar?
Há muitos
séculos, Paulo de Tarso iluminou-se ao aprender a contentar-se com o que tinha.
Ninguém
fará essa lição por você.
Pense nisso.
(Redação do Momento Espírita, com base no cap. 29,
do livro Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito
Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.)
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.)
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