sábado, 8 de dezembro de 2012

Entrevista com Divaldo Franco


Divaldo Franco concede entrevista ao Programa Coletiva da TV OPOVO e responde questões relacionada ao aborto, anencefalia, suicídio, drogas e sexualidade.



domingo, 25 de novembro de 2012

Os cinco principais arrependimentos de pacientes terminais

imagem: jornaldachapada.com.br
A enfermeira australiana Bronnie Ware, especializada em cuidados paliativos, retrata no livro "The Top Five Regrets of the Dying" ("Os Cinco Maiores Arrependimentos à Beira da Morte", em tradução livre), suas observações de vários anos colhidas no cuidado com pacientes em seus três últimos meses de vida.

Um texto sobre a obra, publicado no site do jornal "The Guardian", ficou entre os mais acessados e repercutiu em vários países.

"As pessoas amadurecem muito quando precisam enfrentar a morte e experimentam uma série de emoções que inclui negação, medo, arrependimento e, em algum momento, aceitação." Segundo ela, todos os pacientes que tratou "encontraram paz antes de partir".


Ao lermos esta matéria verificamos que as impressões colhidas juntos aos pacientes terminais apresentam uma grande identidade com a jornada emocional de muitos de nós, que gozamos de relativa saúde, e que, mesmo não estando, ainda, em uma fase terminal da vida corpórea, apresentamos os mesmos “sintomas” daqueles que já se preparam para retornar à pátria espiritual.

O que podemos aprender com essas lições? Saber viver é um grande desafio e um fator de sabedoria.
Um primeiro aprendizado é o de nos ajudar a refletir e compreender melhor o sentido da existência, considerando que o “homem inteligente aprende com os próprios erros, mas o homem sábio aprende com os erros dos outros”.

Os cincos principais arrependimentos:

1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida verdadeira para mim, e não a vida que os outros esperavam de mim.

Este foi o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que sua vida está quase no fim e olham para trás, é fácil ver como muitos sonhos não foram realizados. A maioria das pessoas não tinham honrado a metade dos seus sonhos e morreram sabendo que era devido às escolhas que fizeram ou deixaram de fazer. É muito importante tentar realizar pelo menos alguns de seus sonhos ao longo do caminho. A partir do momento que você perde a sua saúde, é tarde demais. Saúde traz uma liberdade que poucos percebem, até que já a não tem mais.

2. Eu gostaria de não ter trabalhado tanto.

Isto veio de todos os pacientes do sexo masculino que eu acompanhei. Eles perderam o crescimento de seus filhos e o companheirismo do parceiro.
As mulheres também citaram este arrependimento, mas como a maioria era de uma geração menos recente, muitos dos pacientes do sexo feminino não tinham sido chefes de família.
Todos os homens que eu acompanhei se arrependeram profundamente de passar tanto tempo da sua vida com foco excessivo no trabalho.
Ao simplificar o seu estilo de vida e fazer escolhas conscientes ao longo do caminho, é possível não ter que precisar de um salário tão alto quanto você acha.
E criando mais espaço em sua vida, você se torna mais feliz e mais aberto a novas oportunidades, mais adequado ao seu novo estilo de vida.

3. Eu gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos.

Muitas pessoas resguardaram seus sentimentos para manter a paz com os outros.
Como resultado, tiveram uma existência medíocre e nunca se tornaram quem eram realmente capazes de ser. Muitas desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ao
ressentimento que carregavam, como resultado. Nós não podemos controlar as reações dos outros. No entanto, embora as pessoas possam reagir quando você muda a maneira
de falar com honestidade, no final a relação fica mais elevada e saudável. Se não ficar, é um relacionamento que não vale a pena guardar sentimentos ruins. Você ganha de qualquer maneira.

4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos.

Muitas vezes os pacientes terminais não percebiam os benefícios de ter por perto antigos e verdadeiros amigos até a semana da sua morte, e nem sempre foi possível encontrá-los.
Muitos haviam se tornado tão centrados em suas próprias vidas que tinham deixado amizades de ouro se diluirem ao longo dos anos. Havia muitos arrependimentos por não
dar atenção a estas amizades da forma como mereciam. Todos sentem falta de seus amigos quando estão morrendo. É comum que qualquer um, em um estilo de vida agitado,
deixe escapar amizades. Mas quando você se depara com a morte se aproximando, os detalhes caem por terra. Não é dinheiro, não é status, não é posse.
Ao final, tudo se resume ao amor e relacionamentos. Isso é tudo o que resta nos dias finais: amor.

5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz.

Muitos não perceberam, até ao final da sua vida, que a felicidade é uma escolha.
Eles haviam ficado presos em velhos padrões e hábitos. O chamado “conforto”. O medo da mudança os faziam se fingir aos outros e a si mesmos, enquanto lá no fundo ansiavam rir e ter coisas alegres e boas na vida novamente.



domingo, 18 de novembro de 2012

Entendimento

imagem: ministerioelohim.wordpress.com
Nos tempos antigos, havia um grande explicador dos textos evangélicos.

Tratava-se de um sábio sempre disposto ao serviço da compreensão e da bondade.

Talvez por isso, tenha organizado uma escola em que ensinava com indiscutível sabedoria.

Certa feita, prestou especial atenção em um aprendiz que se lamuriava de maus tratos recebidos na via pública.

Convidou o jovem para saírem pelas ruas de Jerusalém, implorando esmola para determinados serviços do templo.

A maioria dos transeuntes dava ou negava, com indiferença.

Contudo, em uma esquina movimentada, um homem vigoroso respondeu-lhes a rogativa com aspereza e zombaria.

O mestre tomou o aprendiz pela mão e ambos o seguiram, cuidadosos.

Não andaram muito tempo e o viram cair ao solo, ralado de dor violenta, provocando o socorro geral.

Em breve, verificaram que o irmão irritado sofria de cólicas mortais.

Demandaram adiante, quando foram defrontados por outro cavalheiro, que sequer se dignou a lhes responder à súplica.

Ele se limitou a lançar, na direção dos pedintes, um olhar rancoroso e duro.

Orientador e tutelado lhe acompanharam os passos.

Quando o homem alcançou a própria casa, nela havia um compacto grupo de pessoas chorosas.

Ele, aparentemente insensível, prorrompeu em prantos, pois tinha no lar uma filha morta.

Mestre e discípulo prosseguiram esmolando na via pública.

Logo receberam fortes palavrões de um rapaz a quem tinham se dirigido.

Retraíram-se ante tanta agressividade.

Mas logo se conscientizaram de que era um pobre louco.

Em seguida, ouviram atrevidas frases de um velho que lhes prometia pedradas e prisão.

Decorridas algumas horas, souberam que o infortunado era um negociante falido.

De senhor, ele se convertera em escravo, o que lhe amargurara a existência.

Então, o respeitável instrutor passou a comentar com seu aluno a lição do dia.

Falou-lhe da necessidade do entendimento por sagrado imperativo da vida.

Salientou a importância de não se queixar daqueles que exibem expressões de revolta ou desespero porque, na maioria dos casos, quem demonstra mau humor permanece em estrada mais escura e espinhosa do que a nossa.

*   *   *

Quando encontrarmos os portadores da aflição, convém ter piedade.

Se possível, devemos auxiliá-los na conquista da paz íntima.

O touro retém os chifres por não haver atingido, ainda, o dom das asas.

As pessoas não são complicadas e tristes porque querem.

Elas apenas não conseguem ser diferentes, em seu atual momento.

Sem refletir, reclamamos da incompreensão alheia.

Mas não investimos tempo para prestar atenção nas tragédias que permeiam a vida do próximo.

Antes de qualquer julgamento, impõe-se um esforço para entender o semelhante.

Pensemos nisso.



Redação do Momento Espírita, com base no cap. 35 do livro Jesus no lar, pelo Espírito Neio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

sábado, 10 de novembro de 2012

Oração do servo imperfeito

imagem: escritorajuliana.blogspot.com.br
Bezerra de Menezes
Senhor!

Abençoa-nos, servos imperfeitos que reconhecemos ser, na longa trilha do processo de nossa evolução.

Encontramo-nos emaranhados em nosso pretérito, onde os espículos da imperfeição acicatam as nossas necessidades.


Deslumbrados pelo sol da madrugada nova, comprazemo-nos na noite demorada que nos retém, chafurdando na incompreensão e no desequilíbrio.

Prometendo renovação e paz, detemo-nos na intriga e na desídia.

Buscando o planalto de redenção, retemo-nos no pantanal do vício.

Aspirando liberdade e glória, algemamo-nos à paixão escravizante e ao defeito perturbador.

Contigo aprendemos que vencedor é aquele que cede, ditoso é aquele que serve, feliz é aquele que doa, fiel é aquele que renuncia.

Não obstante, disputamos, nos combates aguerridos da inferioridade, os primeiros lugares; nos banquetes da fatuidade humana os ouropéis, as aguerridas disputas da pequenez carnal, sem nos darmos conta de que Tu, Senhor, Excelso Governador da Terra, abandonaste, um dia, o sólio do Empíreo para refugiar-Te na manjedoura ensejando-nos a madrugada imperecível que traça o rastro luminoso desde o presépio de Belém à cruz de Jerusalém, a fim de dizer-nos que a ressurreição gloriosa é contingência inevitável da morte, em sombras, para o dia imorredouro da plenitude.

Abençoa-nos, portanto, Senhor, aos discípulos que Te desejamos servir e amar, construindo, no mundo, a Era Nova que o Teu Evangelho restaurado nos traz a fim de que possamos, no termo da jornada, dizer como o converso de Damasco: "Já não sou eu quem vive, mas Tu, Senhor, vives, em mim".


(Do Livro Terapêutica de Emergência, Capítulo 19, psicografia do médium Divaldo Pereira Franco.)



imagem: mravacaria.blogspot.com

sábado, 20 de outubro de 2012

Ações e palavras

imagem: mdemulher.abril.com.br
O que você faz fala tão alto, que não consigo ouvir o que você diz.

O pensamento do filósofo e escritor americano, Ralph Waldo Emerson, precisa de nossa atenção.


Ações falam muito mais de nós mesmos do que nossas palavras.

Nossas palavras articulam-se por conveniência, por convenções e podem ser muito bem dissimuladas por força de nossa vontade, isto é, nem sempre contarão a verdade.

As ações mostram o que há em nossa alma, nossa índole, nossos valores.

É muito fácil falar. Mais difícil agir.

Francisco de Assis, missionário que resgatou a essência da mensagem do Cristo na Terra, em uma de suas pregações, afirmou:

A paz proclamada por vós com palavras deve habitar de modo mais abundante em vossos corações.

Isso significa que precisamos vivenciar algo para que nossas palavras e opiniões tenham peso. É a chamada autoridade moral.

Ela é válida na educação dos filhos, por exemplo.

Esses precisam identificar, nos genitores, o mesmo comportamento que estão exigindo deles.

Caso não encontrem essa referência, dificilmente seguirão qualquer recomendação educacional.

Os filhos poderão até obedecer, mas por medo, por ascendência da força,naquele momento.

Esse tipo de ascendência, porém, não dura. Tão logo se desvencilhem dos pais ou desenvolvam uma independência maior, voltarão a repetir as mesmas atitudes do ontem equivocado.

Resumindo: não aprenderam. Simplesmente atenderam a uma recomendação, por determinado tempo.

Por isso ouvimos falar na força do exemplo.

Os filhos copiam os pais em muitos aspectos. Imitam suas ações, sua forma de lidar com isso ou aquilo na vida. Seus conselhos só serão ouvidos se perceberem a força da autoridade moral embasando as falas.

A sabedoria de alguém não é medida pelo quanto ela sabe, conhece, mas pela qualidade de suas ações.

Vemos assim, no mundo, grandes vozes, de retórica impecável, mas cujas ações, no dia a dia, não condizem com seu verbo afiado.

Sobem nas tribunas do mundo, cantando a igualdade, a justiça, a defesa da população, quando em seu coração há apenas a busca pela satisfação de sua vaidade e egoísmo, tirando vantagem de tudo e de todos.

E muitas consciências de hoje estão tão doentes, tão obnubiladas, que nem sequer sentem algum tipo de remorso, culpa ou responsabilidade.

Despertarão mais tarde, possivelmente com a dor, com a força da lei de causa e efeito, colocando tudo de volta nos trilhos da alma descarrilhada.

Assim, cuidemos de nossas palavras e cuidemos de nossas ações.

O que fazemos fala muito mais alto do que aquilo que dizemos.

Lembremos do pensamento do filósofo:

O que você faz fala tão alto, que não consigo ouvir o que você diz.



Redação do Momento Espírita. FEP

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Mensagem de Esperança


Irmãos queridos.

Diante dessa crise que se abate sobre nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé,  de coragem e estímulo. Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número possível de médiuns possa captá-la. Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares.

Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha.

Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando a realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, vêem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis. É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança.

Somente através da esperança conseguiremos de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.

Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé. Ah! A fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável. O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam, muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta.

Diante desse quadro de forças negativas tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever urgente de lutar pela transformação deste estado geral. Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações rudes, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança!       
            
Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação, precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e caminhar no rumo do progresso. São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor.

Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que “Jesus está no leme” e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho.

 Sejamos solidários sim com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas que também  a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado.

E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós.



Eurípedes  Barsanulfo

(Psicografada pela médium Suely Caldas Schubert, em 14 de setembro de 1983, 
no Centro Espírita Ivon Costa, em Juiz de Fora, MG)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Suave convite


Nos tempos modernos, torna-se cada vez mais frequente o surgimento de transtornos emocionais e diversos tipos de fobias e angústias sociais.

Isso demonstra o grau de infelicidade de muitas criaturas.

Tem sido comum a alma humana buscar o alento e apoio nas coisas materiais ou nas pessoas.

Viagens, compras, jogos de azar, entrega às fartas mesas e à embriaguez, férias prolongadas – tudo constitui um caminho comum na busca incessante de se equilibrar emocionalmente.

A desilusão é certa quando se busca o alívio em algo material.

Com o tempo, tudo isso leva ao enfado e ao descontentamento.

As amizades, quando não são sinceras, se esvaem com o tempo.

As variadas terapias que temos à disposição, muitas vezes não trazem o resultado que o indivíduo busca.

*   *   *

Jesus, nosso celeste Amigo, nos convida à Sua companhia para que tenhamos o amenizar das dores. A proposta do Mestre é a do auxílio incessante. Vinde a mim... que eu vos aliviarei.

Não existe a promessa de que o problema será retirado da vida de cada pessoa, pois todos têm que resgatar o que devem perante a lei de Deus.

Mas Ele nos oferece a certeza de que está sempre conosco, iluminando nossos caminhos, para que nos sintamos fortalecidos ao enfrentar as dificuldades.

Com Jesus Cristo temos o discernimento para entender que ninguém se acha no mundo sem nobres objetivos.

No quadro de todas as lutas humanas, a ajuda de Jesus é essencial para a conquista da harmonia física, mental e espiritual.

Poucos de nós paramos para meditar no verdadeiro papel do Cristo na vida de cada um.

Se permitirmos que Ele se mantenha vivo em nossos corações, alcançaremos com mais facilidade a coerência e a lucidez nas atitudes e nos sentimentos.

Jesus prossegue socorrendo a pequenez humana e, nos dias de insegurança, Ele representa para nós um foco de luz.

Faz o convite diário a todas as criaturas, sem distinção e, com certeza, nos aguarda de braços abertos, cheio de esperança de que busquemos conhecê-lO e aprendamos a amá-lO com os nossos mais sinceros sentimentos.

*   *   *

O apoio do Cristo é de importância capital para cada um e para todos nós.

Se, por um lado, Ele não retira o fardo da quota das nossas responsabilidades, por outro, jamais nos deixa à míngua da Sua luminosa presença, o que será sempre garantia de fortalecimento para o enfrentamento da asperidade.

O Cristo é, assim, para nós, a fonte do ansiado alívio para todos os tormentos, para todas as lutas e dores, impulsionando-nos para que aprendamos a solucionar intrincados enigmas por meio da nossa comunhão com os Seus ensinos.

Não apenas nas quadras de aperto e infelicidade, mas, também, quando tudo nos sorri, quando o sol brilha sobre as nossas estradas, pois esse é o melhor tempo de fixarmos o aprendizado para os tempos de invernia.

Busque-O, você também, em cada dia da sua vida, com alegria interior, instalando em si mesmo os prenúncios da paz que o vacinará contra os maus tempos da alma, dando-lhe resistência para facear, com bom ânimo, todo e qualquer testemunho pelo qual tenha que passar.

Redação do Momento Espírita, com base  no cap. 3, do livro Quem é o Cristo,pelo Espírito Francisco de Paula Vítor,psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

59ª SEMANA ESPÍRITA DE VITÓRIA DA CONQUISTA

Com o tema Central "Responsabilidades Ante a Era Nova", acontecerá no período de 02 a 09 de Setembro de 2012, no Centro de Convenções Divaldo Franco, a 59ª SEMANA ESPÍRITA DE VITÓRIA DA CONQUISTA.
O evento que se constitui em momento de profunda espiritualidade mobiliza caravanas de todo o país para um encontro que celebra a fraternidade e o amor entre os homens e os Espíritos, sob a inspiração dos nobres ensinos transmitidos à Terra pelos Espíritos Superiores e codificados por Allan Kardec, pseudônimo adotado pelo professor Hippolyte Léon Denizard Rivail.
O tema será desenvolvido através de palestras e seminários, contando com a participação do médium Divaldo Franco.






sábado, 4 de agosto de 2012

Projeto de Apadrinhamento Escolar - Mais Criança na Escola

Mais Criança na Escola. Com o objetivo de alfabetizar um número cada vez mais crescente de crianças, a Sociedade Espírita Fraternidade está construindo uma rede Solidária de Amigos. Conheça o Remanso Fraterno, a obra social da Sociedade Espírita Fraternidade, a Casa do nosso Raul Teixeira.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Notícias de Raul

Raul evolui muito bem com seu tratamento. A fisioterapia é diária e a fonoaudiologia, três vezes por semana. A fala de Raul continua progredindo de maneira muito animadora. Na sua última consulta com categorizado Neurologista de Niterói, seu médico, este ficou muito feliz com a sua evolução ao identificar significativa melhoria nos movimentos do braço e da mão direita.

Por ora sua rotina diária está concentrada no tratamento.

Raul tem recebido convites para estar presente em várias homenagens que nossos confrades muito carinhosamente oferecem, mas neste momento do tratamento ele não está em condições de viajar e interromper a rotina imposta pelo tratamento, que o leva a necessitar de repouso físico e mental.

Esclarecemos que a recusa aos convites acima mencionados e às solicitações de visitas, perfeitamente compreensíveis da parte dos amigos que lhe desejam o melhor, se dá tão somente para resguardar o próprio Raul e permitir a continuidade do tratamento sempre muito intenso e que requer exames periódicos, que exigem seu deslocamento até as clínicas especializadas.

Sempre que possível, as saudações fraternas são transmitidas e ele próprio toma conhecimento das homenagens que lhe são prestadas pela comunidade espírita, o que o deixa sempre muito sensibilizado e agradecido.

Seu estado de espírito, como sempre, é excelente, mantendo seu jovial bom-humor e jovialidade.

Agradecemos pelas preces continuadas em favor do valoroso amigo.

Fraternalmente,
Diretoria da Sociedade Espírita Fraternidade.

Errata

Errata é uma ferramenta valiosa para compensar algum escorregão que passou pelo processo de impressão.

Podemos encontrar essas correções tipográficas em livros, manuais ou outras publicações.

Geralmente a errata é impressa nas páginas finais da obra ou em folha separada.

Tais correções e outras que venham a ser descobertas serão incorporadas à obra numa edição posterior, à qual se costuma incluir o subtítulo: edição revista e corrigida.

Pensando em nossa vida, nos indagamos se não seria interessante que pudéssemos fazer algumas erratas.

Quando falamos algo de forma indevida, indelicada, como apreciaríamos poder apontar: onde se ouviu de tal forma, por favor, entenda-se dessa outra.

Quando um amigo nos vem relatar suas dores e, atarefados em demasia, não lhe damos maior atenção, como seria importante se pudéssemos estabelecer a errata:

Desconsidere o momento em que fui desatencioso com você e, por gentileza, considere que eu me importo com o que lhe acontece. Posso visitá-lo?

Algumas pessoas dizem que na vida as coisas não acontecem assim, que não dá para ficar elaborando errata a cada falha cometida.

Elas têm razão, pois algumas das nossas falhas somente as percebemos quando é tarde demais, quando não se pode mais fazer o ajuste.

Recordamos daquele pai que fica imerso em negócios e mais negócios, sem tempo para seus filhos.

Quando a filha o convida para ensaiar uns passos de dança, no parque, ele se esquiva, com a desculpa de que é ridículo o que ela propõe.

Ela é uma criança, cheia de fantasia. Para ela, o parque é um salão de festas, a música que toca no aparelho de cd é uma grande orquestra.

E ela dança só, enquanto o pai simplesmente lhe observa a graciosidade dos movimentos de menina.

Mas, depois, quando ela adoece e parte para a outra vida, de forma rápida, ele recorda que poderia tê-la tido nos braços mais tempo, que poderia ter brincado mais, ter-lhe dado mais atenção.

Como ele apreciaria poder fazer a errata: Naquele dia, quando eu disse que não queria dançar, entenda que eu era um tolo e desejo muito dançar com você.

Bem disse alguém que as lágrimas mais doloridas derramadas sobre os túmulos são as lágrimas do remorso.

Remorso de não ter estado mais presente, de não ter atendido pequenas coisas, de não ter abraçado mais, beijado mais.

Remorso de não ter demonstrado seu amor com todo vigor, sem peias, sem tolos pudores.

*   *   *

Errata – ferramenta valiosa, mas não disponível em todos os lances da nossa vida.

Com certeza, teremos possibilidade de pedir perdão, de solicitar desculpas, de reparar faltas cometidas. Mas, nem todas.

Por vezes, a pessoa já se foi, o tempo é outro, a distância se faz imensa.

Por tudo isso, invistamos na vida, no amor, nos relacionamentos.

Não aguardemos que o tempo se escoe e que a errata somente possa ser feita, em nova impressão, ou seja, em uma nova reencarnação, como uma obra reeditada, revista e corrigida.

Ajamos já.

Redação do Momento Espírita.

sábado, 21 de julho de 2012

Perfume de gratidão

Jovem e idealista, ela partiu de sua terra natal, a Suíça, para ajudar a reconstruir a Polônia, depois da Segunda Guerra Mundial.

Ela assentou tijolos, colocou telhados, levantou paredes. Até o dia em que um homem cortou a perna e lhe descobriram os dotes para a medicina. Aí, junto a duas outras voluntárias, que tinham conhecimentos de medicina básica, foi servir num improvisado posto médico.

Certa noite, em que suas colegas tinham se deslocado para atender pessoas em outra localidade, ela ficou sozinha. Tomou o seu cobertor, enrolou-se e deitou sob a luz das estrelas.

Nada haverá de me acordar, hoje. Estou morta de cansaço.

No entanto, um pouco depois da meia-noite, um choro de criança a despertou. Ela pensou estar sonhando e não abriu os olhos. O choro voltou a lhe chegar aos ouvidos.

Meio dormindo, ainda, ouviu uma voz de mulher:

Desculpe acordá-la, mas meu filho está doente. Você precisa salvá-lo.

Bastou Elisabeth olhar, de forma rápida, para o garoto de três anos para descobrir que ele era portador de tifo.

Explicou para a mulher que não tinha remédio algum no posto. A única coisa que podia lhe oferecer era uma xícara de chá.

A mulher cravou nela os olhos, com aquele olhar que somente as mães em desespero possuem:

A senhora tem de salvar meu filho. Durante a guerra, nos campos de concentração, morreram doze dos meus filhos e este nasceu lá. Ele não pode morrer. Não agora que o pior já passou.

Elisabeth tomou uma decisão. Se aquela mulher andara tantos quilômetros para chegar até ali, se ela vira serem mortos uma dúzia de filhos na guerra e ainda tinha ânimo para rogar pela vida do único afeto que lhe restava, ela merecia todos os sacrifícios.

Tomou da criança e, com a mãe, caminhou trinta quilômetros, até encontrar um hospital. Depois de muita insistência, conseguiu que a criança fosse internada.

Mas havia uma condição: somente depois de três semanas, elas poderiam retornar para saber notícias. Afinal, o hospital estava cheio e os médicos atolados de tarefas.

Elisabeth voltou para as atividades do seu posto médico e tanto trabalho teve nas semanas seguintes, que até esqueceu o garoto.

Certa manhã, ao despertar, encontrou ao lado do seu cobertor, um lenço cheio de terra. Abrindo-o, viu, junto com a terra, um bilhete: Para a pani doutora.  Da senhora W.  Cujo último dos treze filhos você salvou, um pouco de terra abençoada da Polônia.
O menino estava vivo.
Um grande sorriso se abriu no rosto cansado de Elisabeth.

E ela compreendeu o que acontecera. A mulher andara mais de trinta quilômetros até o hospital e apanhara ali o seu filho vivo.

De Lublin, levara-o de volta até o povoado onde vivia. Pegara um punhado de terra do seu chão e tornara a andar muito para deixar, quieta, sem perturbar, na calada da noite, o seu presente de gratidão.

Elisabeth Kübler-Ross guardou o embrulhinho de terra que se tornou para ela o presente mais valioso que jamais recebera.

*   *   *

A gratidão é perfume acondicionado no frasco d’alma. As criaturas o deixam evolar-se, de forma sutil, envolvendo aqueles a quem são gratos, numa aura de bem-estar.

Naturalmente, ninguém realiza o bem esperando agradecimento mas, quando a gratidão se manifesta, é como a brisa que abençoa a tarde morna com sua presença.

Refaz corações e aumenta a disposição para novas realizações, em prol do próximo.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. 9, do livro A roda da vida, de Elisabeth Kübler-Ross, ed. Sextante.