Antonio
Cesar Perri de Carvalho (*)
Chegou aos cinemas no
dia 16 de maio o filme “Kardec”!
Com muita satisfação
assistimos em tela de cinema o longa metragem “Kardec” e que precisa ser
visto, começando pelos espíritas como ensejo para análises e reflexões
oportunas sobre as relações com os fenômenos e com médiuns. Trata-se um filme
sério, sem arroubos e com poucas “licenças cinematográficas”. Focaliza um
momento crucial da mudança do prof. Rivail para Allan Kardec, e com pitadas bem
humanas dele e de sua esposa Amélie Boudet, procurando superar as dificuldades
e as dúvidas.
O filme mostra o professor
Rivail, retratando algumas de suas ideias como educador e que, em seguida tenta
entender as mensagens do além, que recebe através de diferentes médiuns.
Cético, durante o século XIX, ele investiga
os mistérios ocorrendo em Paris, procurando estabelecer um método para analisar os fenômenos, até se convencer da
comunicabilidade dos espíritos e de assumir o pseudônimo Allan
Kardec, com a publicação de O livro dos espíritos. Na realidade o filme registra uma parte inicial da
trajetória do Codificador, desde os contatos com as “mesas girantes” até o
aparecimento de O livro dos médiuns e o “Auto de Fé de
Barcelona”, em 1861.
O filme tem grande
qualidade técnica, com cenas e vestimentas aclimatadas ao glamour de
Paris do Século XIX.
Baseia-se na excelente
obra Kardec – a biografia escrita pelo jornalista Marcel Souto
Maior (Editora Record, 2013), que conta a história do educador francês
Hyppolite Léon Denizard Rivail e de sua atuação como Allan Kardec, o
Codificador da Doutrina Espírita.
De matéria
jornalística elucidativa e até didática de Fabiana Schiavon da Folha de
São Paulo(São Paulo, 16/5/2019), destacamos a apreciação do autor do livro
Marcel Souto Maior: “a história do longa levanta dois pontos relevantes sobre Kardec. A
primeira se refere sobre o que faz um professor cético mudar de nome e de
vida aos 53 anos para dar voz aos espíritos. O segundo momento é narração
sobre a perseguição sofrida pelo escritor, dos adversários que ele teve de
enfrentar, como a ciência, a igreja e a imprensa.” Na matéria citada o diretor
Wagner Assis, que também foi diretor do
filme “Nosso Lar”, comenta que “O filme apresenta um Kardec pouco
conhecido e que é comumente visto como um médium ou homem místico, e dá o
contexto do momento em que tudo isso aconteceu” e “a abordagem é mais do
ser humano que o Codificador viveu”.
A cinebiografia sobre o Codificador tem
o papel principal interpretado por Leonardo
Medeiros e conta com o talento de bons atores: Sandra Corveloni,
Guilherme Piva, Genézio de Barros, Guida Vianna, Júlia Konrad e Dalton Vigh. O
filme “Kardec” é distribuído pela Sony.
Esperamos que o filme
de boa qualidade técnica e de conteúdo sério e oportuno ao ser exibido em
cinemas das várias regiões do país possa sensibilizar expectadores não espíritas
e ratificamos registro da jornalista da Folha: “A expectativa dos
produtores e de espíritas é que o filme alcance também o público cético. É
importante que as pessoas saibam como começou a história do espiritismo
e o fato de que Kardec começou esse trabalho já na fase
madura dele e com uma formação acadêmica sólida.”
Como adendo informamos
que se encontra em finalização de edição um outro trabalho cinematográfico
focalizando o Codificador. Trata-se de “Em busca de Kardec”, numa modalidade
diferente, de série e documental, produzido pela Lighthouse.
Os 150 anos da
desencarnação de Allan Kardec estão sendo bem assinalados dentro e fora do
movimento espírita!
(* - Ex-presidente da USE-SP e da FEB; ex-membro da Comissão Executiva do CEI).
(* - Ex-presidente da USE-SP e da FEB; ex-membro da Comissão Executiva do CEI).
(fonte: http://www.noticiasespiritas.com.br/2019/MAIO/18-05-2019. (Publicado 17/5/2019 em: http://grupochicoxavier.com.br/kardec-no-foco-das-cameras/