sábado, 24 de dezembro de 2011

Soberano Singular


Durante milênios Ele foi aguardado. Falava-se de um soberano poderoso, governador das estrelas. Um Ser, cujo poder abalaria o mundo.
Os homens O idealizaram coberto de riquezas, rodeado de servos. Imaginaram que Seu nascimento seria noticiado a todos os poderosos da Terra.
Que haveria sons de trombetas e anúncios bombásticos. Então, Ele chegou. Aguardou um dia em que a cidade regurgitava de estrangeiros e todas as mentes estavam voltadas para as questões das suas próprias existências.
Buscou um lugar mais afastado, longe do burburinho das gentes. Um estábulo.
Entre o feno foi-Lhe preparado um improvisado berço. E Ele veio à luz, tendo como testemunhas silenciosas um boi e um burro.
Animais que simbolizam o trabalho e a submissão.
Escolheu por pai um carpinteiro, um homem de índole pacífica e rija têmpera. Por mãe, uma jovem mulher, portadora de peregrinas virtudes e invulgar sabedoria.
Como arautos de Sua chegada teve um coro de vozes celestiais segredando a almas simples, no campo, as notícias alvissareiras: chegara o Rei.
E os pastores, deixando suas ovelhas, foram procurar o menino envolto em panos, conforme lhes falara o celeste mensageiro.
Um nascimento na noite/madrugada. Um menino que dividiria a História da Humanidade, que conquistaria o reino mais difícil de ser encontrado: o coração da criatura humana.
Na fragilidade em que Se exilou, de forma temporária, pacientemente aguardou que o tempo Lhe fosse propício à semeadura para a qual viera.
Quando o tempo se fez, deixou o lar paterno e foi amealhar Seus seguidores. A nenhum prometeu valores amoedados ou projeção pessoal.
Ao contrário, falou de abnegação, de perseverança e dedicação. Alertou que nada deviam esperar do mundo porque Ele próprio não era detentor de uma pedra sequer para repousar Sua cabeça.
Alertou do trabalho incansável a que Ele Se devotava, da mesma forma que o Pai que está nos Céus.
Disse das aflições e das perseguições que padeceriam, simplesmente por segui-lO e divulgar a Sua mensagem.
Veio para servir, jamais desejando para Si qualquer honraria ou deferência.
Encontrou o coração dilacerado de uma mãe viúva, conduzindo o corpo do filho ao túmulo e o restituiu ao materno carinho.
Estendeu convite a um jovem rico de ambições, a uma mulher equivocada, a um cobrador de impostos, a uma vendedora de ilusões.
Consolou os aflitos corações das mulheres que por Ele derramavam lágrimas, no caminho do Calvário.
Entregou-Se em sacrifício, sem nenhuma nota dissonante, e dignificou a morte, aceitando-a em preces ao Pai.
Na data em que Seu nascimento é lembrado, entre cânticos de ventura e mimosas trocas de presentes, nossos corações se erguem, em preces, louvando-Lhe a Celeste presença.
E, com sempre inusitada alegria, reunimos a família em torno da mesa, visitamos os amigos, abraçamos os colegas.
Tudo em nome e em homenagem a um menino, Celeste Menino, vindo das estrelas ao nosso ainda pobre e sofrido planeta de provas e expiações.
Rei solar. Rei dos céus. Pastor das almas. Mestre e Senhor. Nosso Senhor Jesus.
Redação do Momento Espírita. Em 19.12.2011

Fidelidade a Jesus

Houve, em tempos passados, uma localidade denominada Sebastes. Situava-se entre a Judeia e a Síria. Foi ali que quarenta legionários da Décima Segunda legião romana deram sua vida por amor à verdade.

Presos por professarem o Cristianismo, os quarenta jovens marcharam saindo da cidade, escoltados por outros tantos soldados.

À frente se desenhava o lago de águas tristes e frias. O sol se afundava na direção do poente e o vento soprava gelado.

Os tambores soavam, ditando o ritmo da marcha. E os prisioneiros foram entrando no lago. Um passo, dois, três, dez, vinte. Os pés foram agitando a água e eles entrando mais e mais. Só ficaram as cabeças descobertas fora d’água.

Os superiores haviam lhes decretado uma terrível forma de morrer. Ali parados, impassíveis e silenciosos, iriam morrer enregelados.

As luzes do crepúsculo se envolveram num manto dourado e se retiraram, deixando que a noite se apresentasse com seu cortejo de estrelas

Ao redor do lago, nas margens, familiares e amigos oravam silenciosos. E silenciosos permaneciam os jovens dentro d’água.

Então, em nome de César, falou um oficial. Eles eram jovens e, levando em conta a sua inexperiência, seriam perdoados se jurassem fidelidade aos deuses protetores do Império.

Era tudo muito simples. Bastaria queimar algumas ervas, perante o improvisado altar a Júpiter Olímpico, na outra margem.

Dentro do lago, nem um mínimo movimento. O ar foi se fazendo mais frio e uma névoa começou a se erguer das águas.

Os guardas acendiam fogueiras nas margens, batiam as mãos, andavam para se aquecer. Mas os quarenta legionários permaneciam imóveis.

Então, eles começaram a cantar e mais forte do que o vento, o hino se ergueu como um grito vitorioso.

Era como uma cascata de esperanças feita de fé, ternura e renúncia.

Um a um, no transcorrer das horas, aquelas chamas foram se apagando na Terra, para tremeluzirem na Espiritualidade.

Quando nasceu o dia, somente um vivia. Um guarda se aproximou de uma mulher e lhe disse que seu filho vivia. Como ele vivera até então, teria sua vida poupada. Que ela o retirasse das águas e, em nome dele, oferecesse sacrifício aos deuses romanos. 

Nunca. Foi a resposta dela. Se ele consciente não o fez, como poderia me aproveitar da sua agonia para traí-lo.

Firmemente, avançou para as águas e ali esteve com o filho até que o coração dele parasse de bater. Depois, apertando-o firmemente nos braços, tomou o seu corpo e o veio depositar aos pés do oficial da guarda.
* * *

Há mais de dois mil anos, na Judeia, um homem amou e morreu por muito amar. A maravilhosa fé que soube despertar teve o poder de modificar vidas.

A Sua voz convidava para viver a verdadeira vida, a vida que se desdobra para além da morte.

Dentre os Seus ensinos, lembramos: Quem perseverar até o fim, este será salvo. 

Quem crer em mim, mesmo morto viverá. 

A Sua mensagem atravessou os séculos e permanece viva até hoje, estabelecendo diretrizes seguras aos Seus seguidores.

A Sua é a mensagem do amor, da fé, da fidelidade até o fim.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. XXVIII, do livro A esquina
de pedra, de Wallace Leal Rodrigues, ed.
O clarim.
Em 16.12.2011

Quem era Esse Homem?


Quem era Esse Homem? Desceu das estrelas e aninhou-Se no seio de uma jovem mulher, a fim de vir à luz. 


Teve por pai um carpinteiro e com ele aprendeu o ofício, embora Suas mãos já tivessem amoldado substâncias celestes, formando o próprio planeta em que veio habitar. 


Habituado à harmonia celeste, deixou que o vento cantasse melodias em Sua cabeleira e que as areias lhe fustigassem a face. 


Amou Sua mãe com devoção. Logo iniciado Seu messianato, retornou ao lar para vê-la e a acompanhou às bodas a que fora convidada.


 Obedeceu-lhe ao pedido e ofertou aos convivas o líquido especial para os despertar para a realidade.


Em agonia, recordou de a entregar aos cuidados de um jovem idealista, preocupando-Se com o que lhe poderia suceder, após a Sua partida. 


Quem era Esse Homem? Andou por estradas poeirentas, campos cultivados, às margens de um lago, lecionando o amor.


Viveu em uma época de desmandos, de corrupção dos costumes, de licenciosidades. 


No entanto, manteve-Se íntegro, embora movimentando-Se entre pessoas consideradas de má conduta.


Estendeu Suas bênçãos aos pobres deserdados da sorte tanto quanto aos detentores de poder econômico e certa supremacia social, a uns e outros ofertando das Suas luzes. 


Líder de um grupo que elegeu para assumir a preciosa missão de dar continuidade à Sua proposta, os incentivou a que deixassem fluir as suas qualidades interiores.


Vós sois deuses! – Afirmou. E podeis fazer tudo o que faço e muito mais. 


Ensinou que todos os homens são herdeiros do Universo infinito, imensurável. Todos filhos do mesmo Pai, embora vivendo sob tetos diversos, em terras distantes uns dos outros e falando línguas estranhas.


Quem era Esse Homem a quem os Espíritos obedeciam e se rendiam? Senhor dos Espíritos - O chamavam. 


Quem era Esse Homem que fazia cessar as dores, devolvia movimentos a corpos paralisados, a vista aos cegos e a palavra aos mudos?


Quem era Esse Homem que, em menos de três anos, revolucionou o mundo do pensamento sem nada ter escrito? Que reuniu ao seu redor, nada menos de cinco centenas de trabalhadores para darem continuidade ao Seu legado? 


Que, ao partir, deixou semeadura tão grande que até hoje, transcorridos mais de dois mil anos, ainda não se esgotou?


Quem era Esse Homem, tão grande que não coube na História, dividindo-a entre antes e depois dEle? 


Diziam que Ele era o filho de um carpinteiro de nome José e de uma mulher chamada Maria.


Nascido em Belém, viveu exilado no Egito. Depois, cresceu em Nazaré e morreu na capital religiosa da época, Jerusalém. terra dos profetas. 


Quem era Esse Homem?
*   *   *


Um dia, um raio de luz deixou a amplidão dos céus e veio viver entre os homens.


Mais brilhante que o sol, escondeu Seu brilho nos trajos de simples carpinteiro.


Ele era luz. Veio para as sombras e as sombras tentaram empanar-Lhe o brilho. 


Destruíram a ânfora onde se aninhava a luz. Então, liberta, ela brilhou ainda mais intensamente e, até hoje, enche o infinito das nossas necessidades.


Seu nome é. . . Jesus.
Redação do Momento Espírita.
Em 20.12.2011.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Raul já se encontra no Brasil


19-12-2011 - 18:00 horas 

Raul já se encontra no Brasil.

Fez ótima viagem no último final de semana e agora se encontra muito bem instalado em SÃO PAULO onde continuará o seu tratamento de reabilitação com fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional.

A primeira avaliação com a terapeuta ocupacional foi muito positiva e estamos aguardando as avaliações dos demais profissionais.

As despedidas do Hospital nos Estados Unidos foram emocionantes. Diversos profissionais da área de reabilitação vieram despedir-se dele deixando mensagens carinhosas de estímulo. O seu último dia foi marcado por diversos contatos com profissionais que manifestaram grande interesse por nossa Doutrina de Luz, a partir da observação da conduta serena do nosso querido irmão diante do desafio que se lhe apresenta.

Continuamos encarecendo que nossos companheiros de fé continuem com suas orações pelo nosso irmão, posto que as preces têm contribuído sobremaneira para sua recuperação.

Saudações Fraternas
Diretoria da SEF.


Veja o vídeo preparado pela SEF.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Raul animado com o tratamento


13-12-2011 - 18:30 minutos

Recentemente, Raul conseguiu movimentar levemente o punho e os dedos da mão direita.  Já consegue fechar a mão.  Este movimento ele faz com maior facilidade do que o de abrir. Os terapeutas dizem que o processo de recuperação vem nessa ordem: primeiro fecha a mão; depois abre.
Como parte da terapia, cumprimenta a pessoas com um leve aperto de mão.

Os exercícios com a fonoaudióloga também têm sido muito melhores, já que ele tem atendido de forma mais eficaz a determinados comandos.

Está bastante animado, mas comedido nas comemorações.  Parece não querer criar expectativas, relata seu acompanhante.

Tem se emocionado com as manifestações de carinho de todos, mantendo, porém, a lucidez que lhe é peculiar.

Fraternalmente,
Diretoria da Sociedade Espírita Fraternidade

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Vida e Valores (Débitos e créditos)


O empresário Gordon Gould teve ensejo de expressar-se dizendo que, para ele, uma das coisas mais importantes desses tempos do mundo é a contabilidade de débitos e créditos. E ele alinhava uma série de razões para justificar o seu entendimento.
Vale lembrar que essa contabilidade de débitos e créditos nasceu no Século XV, mais propriamente em 1494 e foi criada por um monge franciscano chamado Luca Pacioli.
Esse monge franciscano criou essa metodologia exatamente para auxiliar aos mercadores, aos comerciantes, negociantes de Veneza que precisavam gerenciar suas economias crescentes.
Precisavam administrar seu dinheiro de uma forma eficiente e encontraram, no trabalho do monge franciscano Luca Pacioli, um elemento importantíssimo para que eles pudessem analisar perdas, ganhos, no bojo das suas realizações.
A partir daí, a Humanidade tem experimentado muito sucesso ao fazer uso dessa contabilidade: débito - crédito.
Isso entrou de tal modo na vida das comunidades do mundo inteiro que hoje faz parte dos cursos de contabilidade, de economia, de administração e usamos essa maneira de pensar, essa metodologia de lidar com valores, no nosso cotidiano.
Falamos em outros contextos a respeito de débito e crédito, em termos morais: Você tem débito comigo. Eu tenho crédito com você. Você tem créditos para comigo. Eu tenho débitos para com você.
A partir disso, a ideia de Luca Pacioli espalhou-se pelo mundo e é tão importante verificarmos que todos nós, de uma maneira ou de outra, teremos o nosso tempo de prestar contas do que estamos fazendo da nossa existência.
Não foi à toa que Jesus Cristo, um dia, exprimiu-Se dizendo que o administrador daria conta da sua administração.
Quando pensamos em administração, não é apenas a administração de negócios, de dinheiro mas, nesse sentido amplo, é a administração de nossa vida e, se não sabemos bem administrá-la, certamente contrairemos débitos.
Se conseguirmos bem administrar nossa vida, teremos os créditos decorrentes de nosso juízo, de nossa boa ação, da grandeza que criamos com a nossa vida na Terra.
Por isso é que nos cabe refletir, nos cabe pensar nessa dinâmica da vida de todos nós e de cada um em particular, que nos remete sempre a fazer esse balanço, entre os créditos que a Divindade nos confiou e os débitos que  contraímos, face ao mau uso ou ao desuso desses créditos Divinos.
É por isso que percebemos que cada vez que usamos mal, por exemplo, o crédito da palavra, usamos mal o nosso falar, adquirimos débitos para o futuro.
Cada vez que utilizamos mal o crédito da visão, criamos problemas para o nosso amanhã.
O crédito dos nossos pés, da nossa inteligência, das oportunidades sociais, tudo isto vai fazendo parte dos elementos de que dispomos na Terra para viver da melhor maneira.
Você sabe quantas bênçãos a vida lhe ofereceu e lhe oferece? A família, os amigos, o trabalho, a saúde, as oportunidades variadas e não se justifica que, diante de tantas oportunidades, façamos mau uso. Nada obstante, muitas vezes, em nome da nossa loucura, da nossa inconsciência, acabamos por usar mal os créditos que a Divindade nos confiou e teremos que acertar isso um dia.
*   *   *
É importantíssimo, nesse capítulo de débitos e créditos, na contabilidade criada por Pacioli, verificarmos que, um dia, o Codificador Espírita Allan Kardec perguntou aos Bons Espíritos a respeito do que poderíamos fazer para superarmos as tentações do mal e para realizarmos com proveito a nossa jornada terrestre.
Os Nobres Guias da Humanidade responderam que um velho sábio da Antiguidade já nos houvera dito: Conhece-te a ti mesmo.
Allan Kardec voltou à carga e perguntou: Entendi o sentido desse autoconhecimento. O problema está exatamente em como fazê-lo. Como poderemos realizar isto?
O Espírito Santo Agostinho respondeu: Fazei como eu fazia quando estava no mundo. Ao final de cada dia, fazia o levantamento de como eu houvera vivido, aquilo que realizara em prejuízo do próximo, em meu próprio prejuízo. Aquilo que eu tivesse feito em contraposição às Leis Divinas.
Fazia uma tomada de débitos e créditos, dizemos nós e, graças a isso, ficamos com uma fórmula, digamos assim, para realizar esse esforço pelo autoconhecimento.
Não é fácil porque quase sempre nos ocultamos de nós mesmos ou, pelo menos, tentamos fazê-lo. Ao nos ocultar de nós mesmos, vamos dando desculpas que nada desculpam para os nossos atos: Eu fiz porque Fulano me provocou, eu deixei de fazer porque Beltrano não me ajudou.
Vamos sempre empurrando para longe, jogando para fora de nós as responsabilidades que são nossas.
Na medida em que queremos nos conhecer de fato, assumimos nossas falhas e nossos acertos. Aquilo que erramos, colocamos no prato simbólico de uma balança e aquilo que acertamos colocamos no outro prato da balança.
A partir daí, teremos o estabelecimento do peso entre débito e crédito, o que nos sobrará.
Quando estamos fazendo esforços por nos conhecer, não nos envergonhamos dos erros que ainda cometemos e nem queremos fugir dos acertos que empreendemos.
Há coisas maravilhosas que já fazemos. Para que esconder isso de nós? Para que fingir que não fazemos? Mas, ainda há muita sombra nas nossas atitudes e por que tentar ocultar isso de nós?
Se carregarmos uma mazela, uma ferida e negarmos que a conduzimos, quando é que vamos tratá-la?
O mais especial é quando assumimos que levamos uma chaga aberta porque então muitos se apresentarão para ajudar nesse processo do tratamento.
Cada qual de nós diante da vida carrega as coisas boas que já fez, as coisas felizes que faz, seus créditos. O bom uso daquilo que Deus nos deu, o bom uso daquilo que Deus nos dá são créditos mas, muitas vezes, fugimos do bom tom, nos perdemos nesses labirintos de equívocos e carregamos débitos.
Não há nenhum motivo para desesperação, não há nenhum motivo para que nos percamos desfigurados de remorsos, desejando morrer. O tempo de agora é o tempo da oportunidade. Desejaremos viver para corrigir o que ficou mal pintado em nossa tela.
É o tempo de acertar, corrigindo o passo que não tenha sido bem dado em nossa vida e, graças a isso, trabalharemos no sentido de que a contabilidade Divina possa reconhecer nossos créditos e justificar os nossos débitos com as coisas boas que fazemos.
Foi o Apóstolo Simão Pedro que fechou de forma notável esse ensinamento ao nos dizer que o amor cobre multidões de pecados.
Todos nós na Terra somos Espíritos nessa faixa de provações, de expiações, com necessidades de aprender, de pagar dívidas mas com a grande oportunidade de desenvolver em nós o amor sob todos os aspectos consideráveis, porque somente o amor cobre multidões de pecados.


Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 203, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em agosto de 2009.  Em 25.04.2011.


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Terapias são intensificadas com Raul

07-12-2011 - 12:00 minutos

Raul continua firme nas terapias que, agora, são mais intensas devido ao estágio em que se encontra sua recuperação.

Desde sábado (3/12) ele está movendo o braço. Começou pelo ombro, no dia seguinte o cotovelo e depois moveu levemente o punho. O empenho, no momento, é para que consiga movimentar os dedos.

A fonoaudiologia também tem sido mais intensa.

Raul tem demonstrado sentir muita a falta do trabalho espírita, mas prossegue resignado atendendo às orientações médicas.  Tem relatado, através de gestos, o auxílio recebido dos benfeitores espirituais, destacando-se os que atuam na área médica.

Ainda tem recebido passes dos amigos que o acompanham todas as noites entre 22 e 23h (hora de Brasília).

Fraternalmente,
Diretoria da Sociedade Espírita Fraternidade

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O abraço

Estudos têm revelado que a necessidade de ser tocado é inata no homem. O contato nos deixa mais confortáveis e em paz. 

O Dr. Harold Voth, psiquiatra da Universidade de Kansas, disse: O abraço é o melhor tratamento para a depressão.

Objetivamente, ele faz com que o sistema imunológico do organismo seja ativado. 


Abraçar traz nova vida para um corpo cansado e faz com que você se sinta mais jovem e mais vibrante.

No lar, um abraço todos os dias reforçará os relacionamentos e reduzirá significativamente os atritos.

Helen Colton reforça este pensamento: Quando a pessoa é tocada, a quantidade de hemoglobina no sangue aumenta significativamente. Hemoglobina é a parte do sangue que leva o suprimento vital de oxigênio para todos os órgãos do corpo, incluindo coração e cérebro.

O aumento da hemoglobina ativa todo o corpo, auxilia a prevenir doenças e acelera a recuperação do organismo, no caso de alguma enfermidade.

É interessante notar que reservamos nossos abraços para ocasiões de grande alegria, tragédias ou catástrofes.

Refugiamo-nos na segurança dos abraços alheios depois de terremotos, enchentes e acidentes.

Homens, que jamais fariam isso em outras ocasiões, se abraçam e se acariciam com entusiasmado afeto, depois de vencerem um jogo ou de realizarem um importante feito atlético.

Membros de uma família, reunidos em um enterro, encontram consolo e ternura uns nos braços dos outros, embora não tenham o hábito dessas demonstrações de afeição.

O abraço é um ato de encontro de si mesmo e do outro. Para abraçar é necessário uma atitude aberta e um sincero desejo de receber o outro.

Por isso, é fácil abraçar uma pessoa estimada e querida. Mas se torna difícil abraçar um estranho.

Sentimos dificuldade em abraçar um mendigo ou um desconhecido. E cada pessoa acaba por descobrir, em sua capacidade de abraçar, seu nível de humanização, seu grau de evolução afetiva.

É natural no ser humano o desejo de demonstrar afeição. Contudo, por alguma razão misteriosa, ligamos ternura com sentimentalidade, fraqueza e vulnerabilidade. Geralmente hesitamos tanto em abraçar quanto em deixar que nos abracem.

O abraço é uma afirmação muito humana de ser querido e de ter valor.

É bom. Não custa nada e exige pouco esforço. É saudável para quem dá e quem recebe.

*   *   *

Você tem abraçado ultimamente sua mulher, seu marido, seu pai, sua mãe, seu filho?

Você costuma abraçar os seus afetos somente em datas especiais?

Quando você encontra um amigo, costuma cumprimentá-lo simplesmente com um aperto de mão e um beijo formal?

A emoção do abraço tem uma qualidade especial. Experimente abraçar mais.

Vivemos em uma sociedade onde a grande queixa é de carência afetiva.

Que tal experimentar a terapia do abraço? 


Redação do Momento Espírita, a partir de adaptação do texto  
A importância do abraço, do Prof. Jorge Luiz 
Brand e Rolando Toro Araneda, Biodança, coletânea de textos
Disponível no livro Momento Espírita, v. 2, ed. Fep. 
Em 05.12.2011.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Médicos intensificam tratamento para recuperação de Raul


03-12-2011 - 17:30 minutos

No momento os médicos e os terapeutas estão mais voltados aos membros superiores direitos do nosso Raul, bem como à sua fala.

O aparelho que gera impulsos elétricos no seu braço e que faz abrir e fechar a mão, continua a ser aplicado duas vezes ao dia. Esses movimentos parecem lhe trazer uma reação dolorida nesses membros. Os terapeutas esclarecem que essa pequena dor e certo cansaço são reações boas e esperadas, porque sinalizam que as suas reações estão voltando.

Também os exercícios com a fonoaudióloga têm melhorado a cada dia, já que agora ele tem estado mais apto a balbuciar novas palavras e obedecer, mais prontamente, a determinados comandos. Essa é uma parte bastante delicada do tratamento, mas que transcorre com boa evolução.

A perna direita está sendo trabalhada para ganhar mais resistência e condições de suportar melhor o seu peso. Raul já caminha com firmeza. Consegue agachar-se quase até o chão e levantar normalmente.

A última tomografia da cabeça também não apresentou nenhuma alteração.

Foi, também, colocado um "Holter" para monitorar os seus batimentos cardíacos e tudo está normal.
Muita Paz!

Diretoria da SEF

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Autoperdão e ação responsável

Suponhamos que a cada reencarnação recebemos do Criador um canteiro com uma terra muito fértil, para plantar flores, durante toda nossa vida.

Nascemos com as sementes das flores mas, ao invés de plantá-las, arranjamos sementes de espinhos e as semeamos, enchendo nosso canteiro de espinheiros.

Vamos plantando os nossos espinhos, até o dia em que olhamos para trás e percebemos um grande espinheiro.

Então, podemos ter três atitudes diferentes:

Se cultivamos o culpismo, devido ao remorso de não ter plantado as flores que deveríamos, simplesmente nos condenamos a deitar e rolar no espinheiro para nos punirmos, tentando aliviar a consciência de culpa.

Se somos pessoas que cultivamos o desculpismo, começamos a dizer que foi o vento que trouxe as sementes de espinhos,que não temos nada a ver com isso, etc.

Finalmente, se buscamosa ação responsável, ao perceber o espinheiro, assumimos tê-lo plantado e arrependemo-nos do fato.

Depois, percebemos que as sementes das flores continuam em nossas mãos e que podemos começar a plantá-las, agora que estamos mais conscientes.

Ao mesmo tempo sabemos que devemos retirar, um a um, todos os espinhos plantados e plantar uma flor no seu lugar.

* * *

Reflitamos sobre as três atitudes:

De que adianta cravar os espinhos plantados na própria carne? Por que aumentar o sofrimento?

Por acaso os espinhos diminuem quando agimos assim? A verdade é que não. De nada adianta. Este é o mecanismo dos que nos afundamos na culpa e deixamos que ela comande nossas vidas.

Substituir os atos de desamor praticados à vida com mais desamor ainda para conosco mesmos não resolve e não cura.

Por outro lado, pensando naqueles que ainda conseguimos achar desculpa para todo e qualquer desatino, por mais absurdo que ele pareça, veremos:

Os que fingimos que o espinheiro não tem nada a ver conosco, apenas estamos postergando o despertar da consciência.

Agindo assim, muitas vezes continuamos plantando mais e mais espinhos, fazendo com que o estrago fique cada vez maior.

O hábito de sempre encontrar desculpas e justificativas para todas nossas ações tem caráter doentio e precisa de atenção imediata de nossa parte.

O ego, em fuga desastrosa, procura justificar os erros mediante aparentes motivos justos. Tal costume degenera todo senso moral e pode nos levar a desequilíbrios psicológicos seríssimos.

Apenas a última opção, a da ação responsável, é caminho seguro.

É uma atitude proativa, pois ao assumir a responsabilidade pelos espinhos plantados, arrependemo-nos e buscamos substituí-los pelas flores.

Nesse ato cobrimos a multidão de pecados, conforme o ensino da Epístola de Pedro, referindo-se ao poder de cura do amor.

Assim crescemos, aprendemos e ressarcimos à Lei maior.

* * *

Sempre que cometermos erros, procuremos nos autoperdoar, atendendo à proposta da ação responsável, que troca o peso da culpa pela carga educativa da responsabilidade.


Redação do Momento Espírita com base no cap. 3 da obra Psicoterapia à luz do Evangelho de Jesus, de Alírio de Cerqueira Filho, ed. Ebm. Em 29.11.2011.


O Semeador. Van Gogh.

Divaldo Franco - 13º Movimento Você e a Paz

Quadro clínico de Raul apresenta melhoras


30-11-2011 - 16:30 minutos

Raul continua a apresentar melhoras bastante significativas no seu quadro. 

Ontem ele recebeu um aparelho especial que promove impulsos elétricos no antebraço direito, fazendo-lhe abrir e fechar a mão. O objetivo é que ele exercite esse movimento e ”visualize” o cérebro dando os comandos: "abrir e fechar a mão". Trata-se de uma tecnologia nova que seu médico conseguiu levar ao hospital para que nosso Raul fosse o primeiro a utilizá-la.

Como novidade, para satisfação de todos que lhe acompanham,  nosso irmão começou a movimentar o ombro direito durante os exercícios terapêuticos.  Segundo os relatos, causa emoção aos profissionais do hospital e aos pacientes a postura do Raul: sorridente, calmo e paciente.  Além disso,  atrai a atenção no departamento de reabilitação, porque continua andando firmemente pelos corredores do Hospital. Agora algumas enfermeiras e terapeutas já brincam com ele chamando-o de "supervisor", porque anda olhando e acenando para todos.

A fonoaudiologia ganhou ânimo novo desde ontem, quando ele respondeu prontamente aos exercícios de movimentos da boca, emitindo os sons das nossas vogais e sílabas como pá, pê, má, mê, bê, bá, ...  Também progrediu bastante ontem e hoje com exercícios de compreensão.

Eventualmente, porém,  ele não consegue executar alguns comandos que lhe são dados, tais como: "coloca a perna esquerda para frente".  Ele coloca a perna direita ou coloca a perna para trás ou, então, não entende o comando.  Os esforços prosseguem...

Muita Paz!

Diretoria da SEF