segunda-feira, 18 de junho de 2012

Compreensão fraternal

Joanna de Ângelis

Deixa-te plasmar pelas mãos do Celeste Oleiro, qual argila submissa na modelagem das formas para utilidades diversas.

Não recalcitres, adiando a benção da oportunidade edificante.

No desiderato da própria evolução, considera o companheiro que segue contigo, igualmente carecendo de ajuda no processo da moldagem a que deve ser submetido.

Se ele agride, ferindo os ideais que esposas e magoando as tuas mais caras aspirações, exerce a paciência e dá-lhe tempo para a própria renovação.

Se te evita e afasta-se do teu convívio salutar, permanece no teu lugar, sem ressentimentos, aguardando o seu retorno.

Se te abandona, quando o necessitas, dá-lhe o crédito da compreensão fraternal, porquanto ele não tem idéia do gravame cometido.

Estás, na Terra, para relevantes processos de redenção e sublimação.

Não desperdices as ensanchas, mesmo aquelas que, por enquanto, se te apresentam negativas ou afligentes.

* * *
Alguns grãos de trigo nascendo, vivendo e renascendo abençoam uma seara inteira.

Algumas bátegas de chuvas, mesmo esparsas, logram salvar vidas sob o império do estio cruel...

Algum pólem nos rios invisíveis do vento fecunda, noutras áreas, flores diversas e reverdece, favorecendo a natureza mais longe...

Poucas e sinceras palavras dirigidas a alguém sob os camartelos da aflição ou do medo, ressuscitam a esperança e dinamizam a vida...

Paciência e compreensão fraternal, em pequenas doses, no dia-a-dia da existência, transformam-se em estrelas fulgurantes na noite dos desatinos humanos, diminuindo as sombras e apresentando belezas...

Faze-te o mensageiro da compreensão fraternal, tornando os teus, os dias de júbilo e de amor para quantos te cercam, convivendo contigo ou buscando-te nas suas horas graves, difíceis.

* * *
Inspirando-te e conduzindo-te sem enfado nem irritação, Jesus trabalha-te com amor, fazendo de ti um graal de bênçãos onde todos encontrem a água viva da fé e da paz.

Desse modo, argila que és, deixa-te modelar pelo amor que dEle flui e não te rebeles, mantendo sempre a compreensão fraternal.


(Psicografia Divaldo Pereira Franco. Livro: Otimismo.)

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